A adoção tardia é uma experiência profunda e transformadora. Ela não só altera a vida da criança, como também de toda a família envolvida, especialmente quando se trata de adotar uma criança mais velha. O tema foi abordado no episódio T3.E15 do Sua Onda Podcast, onde Raissa Vitoriano compartilhou sua experiência como mãe adotiva, revelando os desafios, as emoções e as conquistas que marcaram sua trajetória.
O Que é Adoção Tardia e Como Decidir por Esse Caminho
Muitos casais têm o desejo de ser pais e, por diferentes razões, acabam optando pela adoção. Para Raissa, o sonho de ter filhos e algumas dificuldades biológicas trouxeram a ideia da adoção. Ela revelou, inclusive, que desde pequena tinha o desejo de adotar. A decisão pela adoção de uma criança mais velha, ou adoção tardia, veio após discussões com o marido e a percepção de que estavam prontos para acolher uma nova vida.
A adoção tardia frequentemente envolve crianças mais velhas, que já passaram por várias experiências de vida. Esse fator traz um nível adicional de preparação emocional e uma visão realista sobre os desafios. A maturidade e a vontade de proporcionar um lar amoroso e seguro foram essenciais para que o casal encarasse a adoção com coragem e abertura.
O Processo de Adoção e o Primeiro Contato com a Filha
Durante o episódio, Raissa detalha o processo burocrático e emocional de adoção. Em um dado momento, eles receberam uma ligação sobre um grupo de irmãos, incluindo a menina que viria a ser sua filha. O momento de conhecer sua filha pela primeira vez foi marcado por emoções intensas e uma mistura de expectativa e alegria. A decisão de adotar foi selada ao perceberem que a conexão era real e que essa era a criança que esperavam.
Raissa explicou que o processo foi acelerado por conta da destituição do poder familiar, e isso permitiu que, em poucos meses, a menina fosse para casa definitivamente. Nesse ponto, o apoio de assistentes sociais e psicólogos foi crucial, ajudando tanto os pais quanto a criança a lidarem com as emoções e desafios.
Adaptando a Rotina Familiar e Enfrentando Desafios
Um dos temas mais abordados por Raissa foi a adaptação da rotina familiar, que envolveu diversas mudanças. Deixar o emprego foi uma decisão difícil, mas necessária para garantir uma transição mais tranquila para a filha, que precisaria de um suporte integral nos primeiros meses. Além disso, a menina tinha desafios escolares e questões emocionais que exigiam acompanhamento psicológico e reforço pedagógico.
A adaptação também trouxe uma série de descobertas. Raissa e seu marido perceberam que criar uma criança mais velha traz particularidades: ela já possuía hábitos, memórias e um sistema de defesa emocional bem estruturado. No entanto, com paciência e o suporte de uma rede de apoio, Raissa conseguiu construir um ambiente seguro e acolhedor para sua filha, onde ela poderia se sentir amada e respeitada.
Superando Barreiras Emocionais e Criando Conexões Profundas
A adaptação nem sempre foi fácil. Raissa relata momentos desafiadores, especialmente durante o processo de "testes" emocionais que sua filha iniciou, algo comum em crianças adotadas que desejam saber até onde podem confiar no amor de seus pais. Com o apoio de profissionais, Raissa entendeu que esses testes eram uma forma de sua filha medir a segurança e estabilidade que a nova família poderia oferecer. Esse período foi difícil, mas essencial para fortalecer o vínculo entre mãe e filha.
Outro fator importante para o sucesso dessa adaptação foi o papel do marido e da rede de apoio. Raissa menciona que, como mãe, muitas vezes sentiu-se sobrecarregada e precisou buscar ajuda emocional para lidar com os momentos de maior estresse. O marido, que compartilhou o desejo de ser pai, esteve ao lado dela em todos os momentos, formando uma parceria sólida e cheia de apoio. Esse tipo de apoio e compreensão ajudou a fortalecer a estrutura familiar.
Adoção Tardia: Superando Preconceitos e Transformando Vidas
Ainda existe um estigma em torno da adoção de crianças mais velhas, visto que alguns acreditam que essas crianças vêm com "bagagem emocional" ou dificuldades de adaptação. No entanto, Raissa enfatiza que toda criança precisa de amor, paciência e uma oportunidade para recomeçar. Ela destacou que, apesar de alguns diagnósticos prévios, a filha se mostrou uma criança alegre e carinhosa, que trouxe uma nova energia para a casa. Essa experiência reforça que, independentemente da idade, a adoção é uma jornada de descoberta e aceitação.
Com o tempo, Raissa pôde ver a transformação na filha, que passou a confiar na família e desenvolver novas habilidades e afetos. Esse processo não foi apenas benéfico para a filha, mas também para os pais, que encontraram no amor uma forma de superar os desafios diários. Raissa conclui que o amor e a paciência foram fundamentais para que todos pudessem crescer e se adaptar juntos.
Adoção Tardia Como uma Jornada de Amor e Crescimento
A história de Raissa Vitoriano é uma inspiradora jornada de amor, resiliência e transformação que mostra como a adoção tardia pode ser desafiadora, mas também extremamente gratificante. Ela e o marido encontraram na filha uma nova razão para viver, enquanto a criança encontrou um lar onde é amada e aceita. A experiência deles reforça a importância de considerar a adoção tardia como uma opção viável e recompensadora para famílias que buscam acolher uma criança em suas vidas.
Para quem se sente inspirado e deseja conhecer mais sobre a história de Raissa e outros relatos de adoção, recomendamos assistir ao episódio completo do Sua Onda Podcast. Acompanhe a série de novembro e descubra outras histórias emocionantes de adoção e transformação.
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